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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Camisinha é reinventada, mas sem perder a eficácia



Camisinha tradicional, à esquerda, é comparada à que vem sendo testada: forma e materiais diferentes
Foto: Origami / DivulgaçãoElas já são coloridas, com sabores artificiais, distribuídas de graça, como faz o governo federal, que nos dias de folia disponibilizará cerca de 70 milhões de camisinhas aos estados brasileiros. Mas a resistência pelo uso ainda existe, a preocupação com doenças sexualmente transmissíveis e com a gravidez indesejada passa longe da cabeça de boa parte. Por isso é que pesquisadores e empresas de vários países se debruçam sobre novos materiais, mais resistentes; e novas formas, mais anatômicas, para colombina, pierrot, Christian Grey, dançarina de cabaré ou pirata nenhum botar defeito. Elas não chegam ao mercado para este carnaval, mas já dá para ir imaginando o que vem por aí.
— As companhias de preservativos começaram a focar na sensação de prazer. A maioria das relações sexuais ocorre porque é prazerosa. Portanto, dada a importância da camisinha, é preciso que aqueles que as produzem entendam o que os consumidores gostam e como elas contribuem para o sexo — explicou Michael Reece, diretor adjunto de pesquisa e pós-graduação da Escola de Saúde Pública da Universidade de Indiana (EUA), responsável por um dos maiores estudos em comportamento sexual.
É o que também defende o designer de produtos Daniel Resnic, dono da americana Strata, responsável pela Origami Condoms: “funcionalidade e prazer devem andar juntos, sem negligenciar um ou outro”. Em 1994, descobriu ser HIV positivo, o provável resultado de uma camisinha rasgada, o que o fez se envolver na causa. A primeira mudança que implementou foi no material: um adeus ao látex, usado há quase um século, para dar lugar ao silicone. Segundo ele, é mais flexível, tem menos fricção e bloqueia vírus com mais segurança. No design, uma espécie de acordeon promete transformar o sexo com camisinha melhor do que sem ela.


O Globo

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